Como quem diz “poin-of-care”.
À semelhança do que acontece com os doentes diabéticos, o doente hipocoagulado tem a possibilidade de monitorizar, de forma autónoma, os seus valores de TP/INR. De dependente de outrém, o doente hipocoagulado torna-se agente da gestão do seu regime terapêutico, quando até então lhe competia principalmente a toma adequada do hipocoagulante e a vigilância das complicações associadas ao tratamento. Um assunto de extrema importância para a Enfermagem (não esquecendo que a gestão do regime terapêutico é um fenómeno altamente sensível aos cuidados), também será para todos aqueles que se encontram dependentes das idas frequentes às instituições de saúde para colheita periódica de sangue, por forma a ser efectuado o esquema de hipocoagulação.
Com a introdução no mercado de aparelhos intuitivos, passíveis de serem utilizados no domicílio e que facultem aos hipocoagulados monitorizarem os valores de TP/INR, estamos a conferir-lhes maior qualidade de vida com a consequente descentralização da monitorização laboratorial. Por outro lado, a existência de um teste prático e rápido insere o doente hipocoagulado num patamar de vigilância bem superior, do mesmo modo como acontece com o doente diabético.
Inicialmente existiam rumores sobre a eficácia duvidosa do resultado destes testes rápidos, rumores esses que favoreciam os laboratórios privados que efecutavam testes coagulométricos. Contudo estudos efectuados comprovaram correlação positiva entre os testes coagulométricos convencionais e os testes por método de reflectância. Sobre este assunto, recomendo a leitura do estudo efectuado por um conjunto de investigadores do laboratório de Hematologia, serviço de patologia clinica do hospital de Santa Maria e da Escola Superior de Tecnologia e Saúde de Lisboa:
Comparação de valores de INR obtidos por metodo convencional e metodologia point-of-care
O equipamento em questão é do laboratório Roch, tem o nome de CoaguCheck® e em tudo é muito semelhante aos já sobejamente conhecidos equipamentos de avaliação de glicemia capilar. Utiliza tiras cuja superfície possui uma zona de reacção onde é inserida uma gota de sangue capilar, extraída após picada do dedo através de uma lanceta. Uma vez avaliado o valor, o doente entra em contacto com o seu serviço de hematologia para que lhe seja informado sobre o esquema de administração de medicação a cumprir.
http://www.poc.roche.com/poc/rewrite/generalContent/en_US/article/POC_general_article_72.htm
http://www.poc.roche.com/en_US/image/IMG_7188.JPG
http://www.life-tec-ruhr.de/global/images/bereiche/biomems_neu.jpg
http://www.cambridgeconsultants.com/images/gallery/diagnostic_report_01.jpg
http://www.mni.pt/revista/index.php?file=revista-artigo&cod=82
http://www.hemorreologia.com/public/index.php?option=com_docman&Itemid=0&task=docclick&bid=81&limitstart=0&limit=20