O Visão Enfernal volta e a REvolta contra a Enfermagem como arte continua. A sua afirmação como ciência voltará a tomar lugar neste blogue, centrando a sua essência na divulgação da mais recente evidência científica.
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publicado por Visao ENFernal, em 30.12.07 às 18:07link do post | favorito

Imaginemos que…        


… com um método tão simples é possível resolver alguns problemas relacionados com a incontinência urinária?


 


Muitas mulheres recorrem à “TVT” (Tension-free Vaginal Tape) como forma de solucionarem o problema das perdas de urina. Apesar de ser um método cirúrgico pouco invasivo e um procedimento francamente rápido, existem soluções que não devem ser descartadas.


A Uroplasty foi precursora do “Urgent PC”, um pequeno dispositivo que, por via percutânea, provoca a neuromodulação do nervo tibial, permitindo a resolução de problemas associados à urgência urinária, frequência urinária e incontinência urinária. Recorrendo a uma técnica minimamente invasiva, há estimulação do nervo tibial com o objectivo de se aceder, de forma retrógada, ao nervo sacro.


Os tratamentos são efectuados em ambulatório repartidos em sessões de 30 minutos, devendo o doente permanecer sentado ou em decúbito dorsal durante o tratamento. Inicialmente deverão ser efectuadas cerca de 12 sessões de 30 minutos durante a primeira semana, pelo que findo este período as sessões são ligeiramente espaçadas.


Está contra-indicado o uso do Urgent PC em doentes portadores de Pacemaker, doentes com doença coronária associada, hipocoagulados e com patologias nervosas.


É uma opção de baixo risco e custo associado, o que afasta a hipótese de muitas mulheres recorrerem ao bloco para anularem as suas disfunções e melhorarem a sua qualidade (uma vez estar documentada eficácia que ronda os 60-80%) e que dispositivos como o mostrado em baixo façam exclusivamente parte dos piores pesadelos 





Fontes de Informação:
http://www.uroplasty.com/UPC_OUS.asp
http://www.uroplasty.com/pdf/4288_OUSSTIMIFU.pdf
http://www.siemonline.com/siem/viewproduct.php?item=46&PHPSESSID=82f685802f46dd42cf8070075ec315fc
http://img50.photobucket.com/albums/v154/karakol/triciclo.jpg
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publicado por Visao ENFernal, em 28.12.07 às 15:42link do post | favorito

Após um breve interregno, o Visão ENFernal volta à carga com novas notícias do mundo da saúde. E começo com um assunto francamente conectado à Enfermagem, nomeadamente a inserção de sonda nasogástrica, a gestão da analgesia e consequente diminuição do desconforto do doente.


 

A analgesia tópica através do emprego de gel de lidocaína é um procedimento comum por parte dos enfermeiros, sendo a lidocaína mais propriamente um meio de lubrificação da sonda para auxílio da sua inserção, e raramente uma forma de diminuição da dor relacionada com a inserção da sonda.


 

Por ineficácia do procedimento, dado que só se verificava diminuição do desconforto a nível da nasofaringe – descurando o restante trajecto – investigaram-se novas alternativas. A neulização com lidocaína pareceu um método viável (Ann Emerg Med. 2004 Aug;44(2):131-7. - Nebulized lidocaine decreases the discomfort of nasogastric tube insertion: a randomized, double-blind trial):

 


RESULTS: There was a clinical and statistical significant difference in patient discomfort associated with the passage of the nasogastric tube between nebulized lidocaine and placebo groups (mean visual analog scale score 37.7 versus 59.3 mm, respectively; difference between group means 21.6 mm; 95% confidence interval [CI] 5.3 to 38.0 mm).

 


Contudo, parece que o risco de epistaxis encontra-se aumentado com este tipo de procedimento:

 


Epistaxis occurred more frequently in the lidocaine group (17% versus 0%; difference 17%; 95% CI 3.5% to 31%).


À priori, parece que a utilização da lidocaína pela via inalatória implica um procedimento invasivo menos doloroso para o doente, apesar de aumentar significativamente o risco de epistaxis (sem razão que o explique). Apesar de todo o benefício que acarreta, a nebulização de lidocaína inibe o reflexo de vómito, traduzindo-se num procedimento menos doloroso mas potencialmente mais perigoso para o doente, pelo risco acrescido de aspiração do conteúdo gástrico.

Por este motivo, novas alternativas foram procuradas e, para contornar este problema, estudou-se o benefício da  metaclopramida por via endovenosa como forma de diminuir a náusea associada à inserção da SNG. Neste estudo constatou-se que as principais queixas referidas pelos doentes após a intubação, foram a náusea e o desconforto, sintomas que não são resolvidos pela mera aplicação tópica de lidocaína. A dor e o vómito surgem em segundo plano, sendo consideradas queixas menos valorizadas. Seguindo esta ordem de ideias, surgiu a hipótese de que a administração de um antiemético por via sistémica resultaria na eliminação das principais queixas associadas à intubação, sem haver risco de comprometer o reflexo de vómito do doente. O resultado foi o seguinte:


 

Even though a systemic or local medication was not used to for pain, there was a significant reduction of pain. For this reason it is thought that pain, nausea, discomfort and the like in a patient work together to form a synergistic effect, thus patients with reduced nausea and discomfort feel and perceive less pain; furthermore, it is believed that with the reduction of nausea and discomfort when an NGT is being inserted, unhelpful physical movements are reduced in the patient, thus reducing the physical source of pain created by insertion of an NG tube.

 


Logo concluiu-se que:


 

By treating patients in ED (Emergency Department) with IV metoclopramide prior to the NGT procedure, which is often viewed as a very uncomfortable procedure, nausea and discomfort and secondarily pain are significantly reduced.

 


Fontes de informação

 

http://www.medscape.com/viewarticle/518392_4

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez?db=pubmed&uid=15278085&cmd=showdetailview&indexed=google

http://www.aemj.org/cgi/content/abstract/6/5/525-b

http://www.csee.usf.edu/~mjimeno/simulation/intubation/images/IMG_0346.jpg

http://images.inmagine.com/img/brandxpictures/l165/bxp45347.jpg

 


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publicado por Visao ENFernal, em 19.12.07 às 19:17link do post | favorito
Por mais que custe acreditar, são as pequenas e simples ideias que produzem grandes efeitos. Assistimos a uma "powerpointização" maciça das educações para a saúde e acções de sensibilização que espelham a falta de criatividade em interacção com a população, quando na verdade, são "essas" pequenas ideias que nos fazem pensar nas atitudes e transformar os comportamentos. Um exemplo autêntico disto encontra-se num curto vídeo alojado no youtube, cujo objectivo centra-se na exemplificação do que se entende por uma colostomia.



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publicado por Visao ENFernal, em 12.12.07 às 15:22link do post | favorito
Transplantes experimentais de células geneticamente modificadas podem reduzir o risco de morte súbita após um ataque cardíaco, segundo um novo estudo efectuado em ratos, que pode um dia ter aplicação nos humanos.

(retirado na íntegra do "Ciência hoje"
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=24570&op=all)



"Quinze  por cento dos pacientes que sofreram um enfarte morrem nos três anos seguintes, maioritariamente devido ao ritmo cardíaco irregular e rápido, chamado de "taquicardia ventricular", segundo Bernd Fleischmann, da Universidade de Bona, responsável pelo estudo publicado na revista Nature.
[...]
Os especialistas realizaram já várias tentativas de tratar os tecidos cardíacos com células, nomeadamente com mioblastos derivados do músculo da perna provenientes do mesmo paciente mas encontraram perturbações do ritmo.
Estas células dos músculos não possuem a mesma actividade eléctrica específicas do coração, que tem ele próprio um estimulador eléctrico natural para manter e adaptar o ritmo dos seus batimentos às necessidades do corpo. A diferença reside na presença de uma proteína, a conexina 43, existente em larga quantidade nas células cardíacas.
Os investigadores modificaram geneticamente células de músculos, para que estas produzissem a proteína em questão. Injectadas nos roedores, as células modificadas demonstraram resultados tão bons quanto os das células cardíacas embrionárias. No entanto, antes de haver uma aplicação humana, é necessário provar a inocuidade do processo de modificação genética".


Fonte de informação:
http://www.informaticamedica.org.br/informaticamedica/n0201/ecg.gif


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publicado por Visao ENFernal, em 10.12.07 às 21:29link do post | favorito

A fraca adesão das mulheres portuguesas ao exame citológico, influenciou uma empresa portuguesa a tornar realidade uma ideia inovadora. Utilizando um kit próprio, "qualquer mulher pode em casa fazer uma auto-colheita, obtendo uma amostra escavada de cancro do colo do útero", explicou à agência Lusa Hugo Prazeres.

 

Após a colheita, a amostra é encaminhada à Infogene, o laboratório  que se encontra responsável para avaliação da qualidade da colheita e da análise laboratorial do resultado. Além disto, este método de “auto-colheita” é menos incómodo do que o método tradicional e tem como objectivo aumentar a adesão das mulheres para este tipo de comportamento de saúde. Estima-se que poderá ser acessível a qualquer mulher:


 

Segundo Rui Nobre, da Infogene, a ideia deste auto-exame é "inovadora a nível mundial" e poderá permitir que o rastreio ao cancro do colo do útero atinja melhores níveis em Portugal, já que de acordo com estudos recentes, mais de metade das mulheres portuguesas nunca fez qualquer rastreio.

 

 

 


Fonte:

 

 

http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=890840&div_id=291


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publicado por Visao ENFernal, em 08.12.07 às 22:10link do post | favorito

 




Seja Aquacept® ou Prontosan® (laboratórios distintos), a polihexanida surgiu como uma solução para o problema das feridas crónicas. Ao contrário da iodopovidona, detentora de acção não sensível e cujo espectro afecta as células imunitárias do organismo com os consequentes reflexos na capacidade de cicatrização, a polihexanida possui especificidade de acção. Elimina microorganismos de forma selectiva, poupando as células do próprio organismo e sendo considerada como uma solução eficaz na limpeza e desinfecção de feridas.


Dentro das suas vantagens, salienta-se o facto de:


  • Não provocar irritabilidade cutânea, pelo que desconhecem-se alergias associadas ao uso deste produto;
  • Não provoca dor na sua aplicação e possui propriedades desodorizantes da ferida;
  • Não é absorvido para a via sistémica e não interfere com o processo de granulação
  • É compatível com a utilização de outros produtos conhecidos no mercado para tratamento de feridas;
  • É eficaz na eliminação dos biofilmes do leito da ferida, enquanto que a lavagem normal com NaCl não é capaz;
  • É eficaz no combate a infecções provocada por MRSA;
  • A solução encontra-se pronta a usar e, após a abertura, tem uma validade de 8 semanas;
  • A solução pode ser aquecida antes de ser aplicada na ferida;
  • Finalmente, pode ser utilizada em feridas contaminadas, colonizadas ou infectadas, garantindo condições ideais para a cicatrização.


Mecanismo de acção:

 


                 LAVAGEM COMUM                       LAVAGEM COM POLIHEXANIDA
 


Toda esta informação foi retirada dos sítios dos respectivos laboratórios, dada a escassez da mesma por entidades que tenham efectuado estudos de caso sobre a aplicação deste produto e a respectiva eficácia. Um dos poucos estudos de caso que encontrei, chegou à seguinte conclusão:


"Os resultados sugerem que o uso de soluções contendo moléculas de polihexanida (aquasept®) mostra-se adequado para o tratamento de feridas bem como para a realização de seus curativos, haja vista que essas moléculas exercem seu efeito bactericida por meio de mecanismos de agregação, mediada pelos seus núcleos catiônicos de biguanida. A regularidade desses núcleos reduz o risco de contaminação da ferida. Além do mais, a estrutura dos polímeros mimetiza a das fibronectinas, proteínas estas responsáveis pela coesão celular nos tecidos."

 BORDIGNON, J C P; SABINO DOS ANJOS, E; RUFINO, D A; MAIA, S S. (www.abev.com.br/controledeinfeccao/temaslivres/poster/id906.doc)

 



 

Fontes de informação e imagens:

http://www.bbraun.com/index.cfm?uuid=D9A0F0A92A5AE6266A9842B65DDE3B0B&object_id=3086202&mode=1

http://www.bbraun.es/doc/doc_download_ir.cfm?uuid=C52731E92A5AE626605A1ABCAEC2FCD5

http://www.hospitalmanagement.net/contractors/cleaning/b-braun/

http://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=18366170

http://www.brasmedic.com.br/produtos.asp?pg=1

http://www.bbraun.cz/braunoviny/images/2006/05/Prontosan02.jpg


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publicado por Visao ENFernal, em 07.12.07 às 11:39link do post | favorito


"As alterações no relógio biológico dos trabalhadores nocturnos fazem com que a sua imunidade seja reduzida, deixando-os mais vulneráveis ao risco de vir a sofrer de cancro, revela um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS).

De acordo com uma análise da Agência Internacional de Investigação sobre Cancro da OMS (IARC), “os turnos laborais que implicam uma alteração aos ritmos biológicos do sono podem ser cancerígenos para o ser humano”. O trabalho vai ser publicado na íntegra em Janeiro, na revista “Lancet Oncology”.

A melatonina, um antioxidante natural, é produzida no cérebro durante a noite depois de o organismo ter estado exposto à luz do dia. Quando se permanece acordado durante a noite origina-se uma alteração desse processo e os níveis desta hormona tornam-se insuficientes para proteger o ADN de danos que podem provocar cancro, explica o estudo da IARC.

Para além disto, o facto de estas pessoas não descansarem adequadamente durante o dia é outra das hipóteses avançadas pelos cientistas, uma vez que o sistema imunológico destes indivíduos fica debilitado, tornando-os mais vulneráveis ao ataque das células cancerígenas.

Apesar de o estudo admitir que são necessários mais trabalhos que confirmem esta ligação e eliminem outros factores de risco neste segmento da população a OMS pondera a hipótese de, no futuro, vir a classificar o trabalho nocturno como “provável ou possivelmente cancerígeno”."


Ao longo de vários anos, 24 investigadores analisaram todas as investigações publicadas acerca desta matéria tendo verificado que nalguns dos trabalhos a incidência de cancro da mama é superior entre as mulheres que trabalharam de noite durante longos períodos, como as enfermeiras. No caso dos homens cuja jornada laboral começava ao anoitecer evidenciou-se um maior risco de cancro da próstata.


É intenção do governo retirar aos profissionais de enfermagem algumas regalias, nomeadamente o subsídio nocturno. Assiste-se a uma ofensiva impetuosa aos direitos do trabalhador, ao ENFermeiro... à pessoa. O turno nocturno é extenuante, indesejável e, aos olhos déspotas de um governo que impele a tirania, insignificante. Uma insignificância para quem não testemunha a rudeza do trabalho contra natura, pois seremos nós, Enfermeiros Seres Humanos, que iremos carregar o fardo de continuamente contrariar a cronobiologia. A que preço?




Fonte de informação:
http://www.farmacia.com.pt/index.php?name=News&file=article&sid=5229

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publicado por Visao ENFernal, em 04.12.07 às 13:18link do post | favorito
Para o mês de Dezembro destaco dois sítios principais, sendo o primeiro denominado "Medskills". Contrariamente ao que o nome possa transparecer, este sítio apresenta conteúdos, do âmbito da saúde, de forma muito organizada, actualizada e objectiva, e não especificamente direccionada para a área médica.


http://www.medskills.eu/index.php





Para finalizar, porque não uma breve passagem ao sítio do Centro Hospitalar do Porto EPE, ex-Hospital Geral de Santo António EPE. Com um layout muito interessante e conteúdos bem organizados, demonstra de forma curiosa a estrutura da instituição. Apresenta-se actualizado, pecando apenas no facto de não incluir o anúncio das actividades do Centro de Formação e Aperfeiçoamento do Pessoal e pela ausência da "box de procura".


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publicado por Visao ENFernal, em 03.12.07 às 22:30link do post | favorito

Parte 2

 

O posicionamento em prone position requer cuidados acrescidos e pessoal habilitado em quantidade suficiente. O risco de exteriorização de linhas invasivas e do TET é um facto, contudo com técnica e cuidado é possível evitarem-se complicações.

 

Antes de se efectuar o posicionamento, é fundamental ter cuidado acrescido com os globos oculares. As pálpebras deverão estar cerradas ou proteger os olhos com colírio lubrificante no sentido de prevenir abrasões ou desidratação da córnea.

 

 
 

Avaliar os sinais vitais antes do posicionamento para se proceder ao termo de comparação com o doente em prone position. Confirmar a fixação do TET ou traqueostomia, desconectar as linhas invasivas que não são essenciais ao doente e retirar os eléctrodos.

 

 

Posteriormente, o enfermeiro avalia o estado neurológico do doente, dado que poderá ser necessário administrar um bólus de sedação para se possibilitar a técnica de posicionamento.

 

 

Procedimento:

 
  • Uma pessoa fica exclusivamente na cabeceira para proteger a via aérea do doente, dá as instruções de todos os passos do posicionamento, posiciona a cabeça e fixa o TET.
 
  • O número dos restantes elementos varia de acordo com as condicionantes (peso do doente e seu estado físico, número de linhas, presença de drenos), contudo na literatura defendem um mínimo de 3 pessoas. Estas devem-se posicionar em ambos os lados do leito.
 
  • O doente, ainda em posição dorsal, é movimentado para a extremidade lateral contrária ao local onde se encontra o ventilador. Realizar um check-up a todos os drenos, tubos e linhas com vista a minimizar o risco de exteriorização. Colocar a mão que se encontra para o lado que irá ser feita a rotação por baixo da anca do doente.
 
  • É efectuada a rotação do doente em posição lateral e em bloco, até atingir a posição ventral. A cabeça deve ser lateralizada cuidadosamente e os membros superiores são posicionados em extensão com abdução do ombro e flexão do cotovelo. Os membros inferiores permanecem em extensão.
 
  • Poderá ser colocada uma almofada a nível da pélvis para diminuir a pressão a nível do abdómen e outra a nível da zona superior do tronco para facilitar os movimentos torácicos.
 
  • Aplicar os eléctrodos a nível dos ombros e zona lateral do tronco.
 

Cuidados pós posicionamento em prone position:

 
  • Avaliar o estado hemodinamico do doente e SaO2. Frequentemente ocorre hipotensão transitória após a rotação do corpo e caso o doente não responda favoravelmente em termos de oxigenação após 30 minutos em prone position, deverá ser reposicionado em dorsal.
 
  • Colocar a cama em declive por forma a prevenir o edema facial e refluxo gastroesofágico;
 
  • Proceder à lateralização da cabeça de 2 em 2 horas ou de 3 em 3 horas e favorecer ligeira hiperextensão da mesma;
 
  • Realizar cuidados oftálmicos frequentemente para prevenir as lesões já mencionadas;
 
  • Monitorizar de forma criteriosa a permeabilidade do TET, uma vez que em ventral há maior drenagem de secreções;
 
  • Posicionar a sonda vesical entre ambos os membros inferiores. Estar atento aos órgãos genitais masculinos que se encontram propensos à pressão contra o leito, pelo que poderão ser aplicadas almofadas a nível da pelve para diminuir complicações;
 
  • Estar atento a sinais de úlcera de pressão e promover o alívio da pressão em proeminências ósseas utilizando almofadas de gel, preferencialmente.
 

 

 

Esta matéria tornou-se tão importante que fomentou a necessidade de se criarem ajudas técnicas que facilitem o posicionamento do doente em ventral de forma fácil e mais segura. Um desses equipamentos:

 


RotoProne® Therapy System

 

Parece-me importante esta temática uma vez que com o conhecimento aprofundado e consistente, o posicionamento em ventral poderá ser uma decisão a tomar autonomamente pela equipe de Enfermagem. Trata-se de uma medida não farmacológica cujo trabalho de execução e cuidados pós manobra que dependem francamente do enfermeiro.

 

Imagens e fontes de informação:

http://www.medtrng.com/supineprone.gif

http://www.nursing-standard.co.uk/archives/ns/vol18-19/pdfs/v18n19p3341.pdf

http://www.webmm.ahrq.gov/media/cases/images/case100_fig01c.jpg

http://www.kci1.com/317.asp

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-37132005000400011&script=sci_arttext

ftp://ftp.spci.org/revista/Portugues/rev102/decubito.pdf

http://www.capscursos.com.br/docs/sindrome%20da%20angustia%20respiratoria.pdf

http://www.medtrng.com/flexionextension.gif

http://interfisio.locaweb.com.br/index.asp?fid=29&ac=1&id=7

http://www.erj.ersjournals.com/cgi/content/abstract/20/4/1017

http://www.ccmjournal.com/pt/re/ccm/abstract.00003246-199812000-00023.htm

http://www.chestjournal.org/cgi/content/full/123/5/1334

http://www.anzics.com.au/teaching/RBH/prone/prone.htm

http://www.kci1.com/images/RP_3quarters_angled.jpg


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